segunda-feira, 25 de outubro de 2010


Entrementes deveras se sentia a pessoa mais fútil e suja de todos os tempos, enganava-se da realidade e para se esquecer do momento assaz de agressivo a qual mantinha-se, criava sonhos enquanto o repúdio a alma não batia em sua porta...Por tempos a dor sangrou a pele delicada no intuito de trazer presente aquele monstro que a havia consumido com violência dilaceradora e também para nunca mais deixar que outros monstros pudessem persuadi-la com sua falsa bondade...Nunca tivera sido tocada com delicadeza, sua passividade ao medo enrijecia os músculos, conhecia o prazer apenas por assim dizer e como invejava os felizes por prazer... o sentimento na hora sempre era de tortura e fuga....mas o tempo traz a cura aos poucos em seu conta-gotas...amigos trazem grãos de felicidade, lugares boas visões, pessoas novas memórias e decerto o tempo não é lá tão eficaz na cura pois não erradica o pavor ao passado que será perpétuo, mas trouxe todo o relaxamento que a alma procurava e por conseqüência revigora a parte física, mental e emocional...Não que eu queira uma vida de “gozações”...mas hoje já sei o que é ruborizar-se de satisfação e prazer...conheço a alegria fútil do bem estar consumido...Estou em paz com meus minuciosos prazeres e de bem para o encanto alheio....que é um Encanto e tanto.

Adê

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